Li este pequeno e precioso texto no site do Instituto Hellinger e posso dizer que ele modificou a minha perspectiva quanto ao meu papel de coach. Porém, ele não se destina apenas às pessoas que profissionalmente ajudam outras, mas toda e qualquer pessoa que se disponha a ajudar o próximo. Em uma abordagem inovadora e profunda Bert Hellinger mostra a verdadeira essência da ajuda, na qual “ajudante” e “ajudado” se encontram em igualdade de condições e a verdadeira troca então pode ocorrer. Apreciem a leitura, sem moderação!
Esse tipo de ajuda “prende” ambos: ajudante e ajudado. E também eventualmente diminui a dignidade do ajudado.
É claro que é um caminho de ajuda válido, e bem estabelecido que esse tipo de ajuda tenha seu lugar, por exemplo, entre um cirurgião e seu paciente. Porém esse ajudar tem limites. Ele é especialmente limitado quando aquilo que precisa ser modificado é algo que depende muito mais ou exclusivamente da atitude do ajudado. Aí essa forma de ajudar tem pouco efeito. Por exemplo, quando alguém precisa de ajuda a fim de mudar algo em seu próprio comportamento. Nesse caso, esse tipo de ajuda pouco contribui.
A abordagem sistêmico-fenomenológica de Hellinger ajuda dentro de outra visão. Nela, o ajudante e o ajudado estão num mesmo nível. E o ajudante inclusive chega ao sistema do ajudado em último lugar. Aí ajuda exatamente por saber menos, e não por saber mais. Porque não está atado aos pressupostos do ajudado, o ajudante o auxilia a ver aquilo que está fora de seu campo habitual de visão. E uma vez que o ajudado vê, então nada mais é necessário – o ajudante se retira.
Isso é ajudar com o mínimo. E é um dos conceitos essenciais desse trabalho."
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